Adestramento inteligente: o reforço positivo

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Os adestradores da Cão Cidadão, usam um método próprio para adestrar animais: o Adestramento Inteligente®. Um dos pilares desse método, é o uso de reforço positivo, e hoje falaremos um pouco sobre esse assunto.
Primeiramente, o uso da palavra positivo neste caso não tem a ver com bom ou ruim, mas sim com soma ou acréscimo. Explicando melhor: reforçar positivamente é acrescentar algo (um petisco, um brinquedo, um carinho, um elogio) depois do acontecimento de um comportamento, fazendo com que esse comportamento aconteça com mais frequência. Ou seja, reforçar positivamente é recompensar comportamentos que gostamos em nossos pets, e que queremos que aconteçam mais vezes.
No nosso dia-a-dia com nossos bichinhos, estamos o tempo todo recompensando, ou seja, usando o reforço positivo. Um exemplo de como o reforço positivo pode ser usado errado: um cãozinho pula no dono quando o proprietário entra em casa, desejando contato físico e brincadeira. Para parar os pulos, o dono segura o cão pelas patas e lhe dá uma bela bronca, falando para que não pule. Sem querer, o dono usou o reforço positivo e recompensou o cão por pular, pois deu o que o cão queria – a atenção e contato físico com dono. Com certeza, esse cãozinho vai pular mais nas próximas vezes! Uma forma fácil de parar os pulos? Ensinando o cão a sentar, e recompensando-o – dando um petisco – sempre que ele sentar, principalmente na chegada de pessoas. Neste caso, estamos usando o reforço positivo de forma correta e produtiva: ensinando comportamentos que gostamos, e recompensando sempre que eles acontecem, pois isso fará com que esses comportamentos aconteçam mais e mais vezes, e com mais naturalidade para o cãozinho.
O uso correto do reforço positivo também traz um benefício: quando ensinamos comportamentos corretos e recompensamos o pet sempre que acontecem, a tendência é que comportamentos errados diminuam. Como assim? Se o cão sabe alguns comandos, como sentar, deitar, dar pata, é provável que ele use esses comandos quando quiser pedir algo, em vez de latir ou pular, por exemplo. Com isso, diminuímos o uso de broncas, que são uma ferramenta útil no treinamento, mas totalmente ineficazes se utilizadas sozinhas, sem o uso do reforço positivo. Falaremos mais sobre o assunto broncas em um próximo artigo.
O reforço positivo também é usado para ensinar comandos aos animais, sejam eles cães, gatos, aves ou outros. Por exemplo, ao ensinar um cão a sentar, utilizamos um pedacinho de petisco como “isca”, colocando-o no focinho do cão e erguendo a mão. O cão acompanhará esse movimento e, normalmente, ao levantar o focinho para farejar, ele abaixará a parte traseira. É neste momento que devemos usar o reforço – ou seja, recompensar o cão dando a ele o petisco. Utilizar o reforço positivo evita que precisemos tocar no cão ou força-lo usando coleira e guia, e torna o aprendizado interessante, divertido e natural para o animal! Todos os comandos podem ser ensinados com o uso do reforço positivo.
O treinamento de animais tem várias particularidades e detalhes, mas para facilitar, existe uma regrinha de ouro: frustre ou impeça o acontecimento de comportamento errados e lembre-se de sempre usar o reforço positivo, ensinando e recompensando comportamentos corretos. É essa combinação que realmente fará do seu pet uma companhia agradável, divertida e sempre bem educada!


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